sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Famílias desestruturadas geram indivíduos desequilibrados


Terça-feira, 31 de maio de 2011, 14h50

Famílias desestruturadas geram indivíduos desequilibrados

Nicole Melhado
Da Redação


Márcio Toshiyuki Okazava / Movimento dos Focolares
A socióloga Vera Araújo salienta que se a família desmorona as pessoas perdem suas referências
A família é a "célula mãe" das comunidades e apesar das crises e problemáticas atuais, é ainda esta formação familiar que agrega a maior parte dos cidadãos.

De acordo com a educadora Sílvia Gaspar, uma família bem estruturada é fundamental no que se refere à formação das crianças e jovens como futuros membros de uma sociedade.

"É na família que se vive e se assimila, para toda a vida, os valores fundamentais do homem e neste relacionamento estreito, com forte ligamento de afeto e cumplicidade é que, em geral, se baseia a conduta de cada um dos cidadãos, quer numa cidadezinha de interior ou numa metrópole”, enfatiza.

A socióloga Vera Araújo, docente da Universidade de Sophia, na Itália, ressalta que a família também é a primeira atingida pelo desequilíbrio social. Deste modo sua importância é fundamental e, através dela, que se inicia a renovação da sociedade que se deseja.

“Na família se gera a solidariedade e o amor. Na família há sexos diferentes, idades diferentes, capacidades diferentes, é um laboratório onde se vive o amor”, elucida a socióloga.

Tendo em vista assim a importância da entidade familiar, segundo a educadora, não é difícil entender que se uma família é bem estruturada pode gerar indivíduos equilibrados e atuantes positivamente em uma comunidade. O contrário também é válido.

“Os pontos mais comuns que prejudicam o convívio familiar e criam mecanismos problemáticos nas famílias são ligados, em geral, às dificuldades sérias encontradas na condução da educação dos filhos; condutas que favorecem um consumismo exacerbado; desatenção à intromissão sem critérios dos meios de comunicação de massa; desvalorização do aspecto da espiritualidade na formação humana”, destaca Sílvia Gaspar.

Dificuldades como estas, em famílias desestruturadas, na maior parte dos casos, gera indivíduos inseguros, carentes de valores, de afeto, prejudicados socialmente, sem força de atuação na própria vida e também no convívio social, explica a educadora.

“Atualmente vários estudos psicológicos comprovam que a relação pai, mãe, filho e irmãos é uma realidade tão profunda e intrínseca no ser humano que seu fracasso pode desencadear uma série de situações de desequilíbrio e sofrimento que vai do aspecto individual e psicológico, ao aspecto comunitário e social, até com patologias mais sérias”, salienta Silvia Gaspar.

Felizmente todo ser humano, bem como as entidades familiares, tem a capacidade de recomeçar e pode até se reestruturar com ajuda espiritual e médica. A educadora enfatiza que uma família com problemas pode, com a ajuda certa, reencontrar um caminho novo, reconstruindo assim a vida dos seus membros.

"Se a família desmorona, as pessoas não sabem onde aprender a amar, pois o próprio amor se aprende, não é algo emocional, ele é vivido de forma concreta. O amor de uma mãe, por exemplo, é concreto e o filho sabe que é concreto, pois a mãe cuida dele e se sacrifica por ele”, reforça a socióloga Vera Araújo. 

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=281959